Durante todo mês de Agosto a Secretaria de Desenvolvimento Social(SEMDS) e a Secretaria de Saúde realizaram uma série de ações de conscientização da importância do Aleitamento materno.
Para encerrar o mês, a Cozinha Comunitária Quilombola , departamento de segurança alimentar da SEMDS, realizou uma roda de conversas em parceria com a SEMUS. As palestras aconteceram na escola municipal do vilarejo Peptal. Durante a ação , Débora Helena, nutricionista da Cozinha Quilombola , realizou dinâmica integrativa.
No total, foram três momentos de conversação. A cirurgiã-dentista Lairds Rodrigues abordou o tema ‘Saúde bucal da gestante e o impacto para a saúde do bebê’; enquanto a nutricionista Valéria Nascimento falou sobre ‘Alimentação na gravidez e amamentação’.
Uma das palestrantes, Thádia Diniz, enfermeira obstétrica da Estratégia Saúde da Família da UBS Peptal, discorreu sobre ‘Aleitamento materno: responsabilidade de todos’. Thádia conta que na zona rural as mulheres não costumam amamentar exclusivamente até os seis meses e que há outros desafios como os ‘mitos’ da amamentação. “O que mais a gente ouve das mulheres é a afirmação ‘Meu leite é fraco para o meu bebê’. Então nós mostramos que não existe leite fraco, o que existe é técnica de amamentação errada”, diz.
Em algumas regiões do Município, as condutas de muitas mulheres, devido serem meninas adolescentes que ‘pularam’ a fase e ainda não possuem um amadurecimento, são baseadas na vivência da família, o que acaba por prejudicar o aleitamento materno.
HOMENS AUSENTES
Um fato curioso sobre o evento de encerramento do “Agosto Dourado” em Alcântara diz respeito à participação dos homens, que é negativa. Nenhuma das mulheres participou acompanhada pelo seu respectivo parceiro.
A enfermeira obstétrica Thádia Diniz explica que para acontecer, a amamentação precisa de dois principais hormônios: a prolactina – responsável pela produção do leite; e a ocitocina – que responde pela ejeção desse ele. A prolactina é produzida pela frequência da mamada. Já a ocitocina envolve o emocional.
“Por tanto, se a mulher estiver estressada, preocupada, esgotada… esse leite não vai conseguir ser ejetado. Então a participação do parceiro e da família nesse momento é de grande importância para dar esse suporte, encorajar, passar segurança pata ela. Isso vai levar a uma amamentação com excelência”, finaliza Thádia Diniz.