Em parceria com a Prefeitura de Alcântara, através da Secretaria Municipal de Saúde, as Universidades Federais do Maranhão, Goiás, e a University of Southampton (Inglaterra) retomaram nesta terça-feira (17 de maio) o projeto “Eu quero 1000”, que tem por finalidade mostrar quais são os direitos das mulheres e das crianças durante a fase dos mil dias. Nesta, que é a terceira etapa do projeto, médicos, enfermeiros, psicólogos, agentes comunitários de saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Alcântara participaram da oficina de capacitação, realizada no Sindicato dos Servidores Públicos de Alcântara (SINSEPMA).
Com a formação, os responsáveis esperam que aquilo que é repassado sobre esses direitos aos agentes comunitários e aos enfermeiros da Estratégia da Saúde da Família seja passado para os usuários. Rosângela Fernandes Lucena Batista, do departamento de Saúde Pública da UFMA, explica quais são os direitos das mulheres e das crianças durante a fase dos mil dias. Ela conta que tudo começa na gravidez e termina quando a criança completa dois (2) anos de vida.
Para a professora, muitas vezes o que acontece é que a usuária não sabe quais são os direitos dela. A título de exemplo, a criança que nasce tem o direito de ficar pela a pele com a mãe; a grávida tem o direito de ter uma acompanhante durante o parto; no pré-natal tem o direito de realizar todos os exames listados pelo Ministério da Saúde e que são obrigatórios.
O “Eu quero” é para orientar, empoderar, ele não é judicial. Para usufruir de seus direitos, as interessadas (usuárias) devem buscam saber quem é o agente de saúde responsável por sua área. Essa informação ela busca no posto de saúde. O agente deve ir à sua casa para orientá-la.
A oficina realizada em Alcântara é uma das mais importantes porque capacita o agente comunitário a conhecer os direitos da mulher e da criança e assim reproduzir esse conhecimento. Mais de 80 pessoas participaram da capacitação, que encerrou nesta quinta-feira, 19.
Composta por 13 pessoas, a equipe da professora Rosângela Lucena conta com enfermeiros, médicos, dentistas, psicólogo, dentre outros profissionais. O projeto continua com outras etapas. Daqui a um mês, as monitoras estarão em Alcântara para tirar dúvidas e ajudar os agentes comunitários. A capacitação acontecerá durante quatro meses.