Médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde do Município de Alcântara participaram das oficinas de formação e atualização promovidas pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS). As oficinas resultam da parceria da Pasta com a Secretaria de Estado da Saúde (via coordenação da Força Estadual de Saúde do Maranhão – FESMA), a Escola de Saúde Pública do Estado do Maranhão (ESP), a Secretaria de Estado Extraordinária de Igualdade Racial (SEIR), e também com a Secretaria Municipal de Assistência Social (coordenação de Igualdade Racial). No total, três dias de evento (18 a 20 deste mês de abril) na Escola Aquiles Lisboa, no Codó da Ema. Segundo dados da SEMUS, cerca de 120 pessoas participam das oficinas.
O objetivo é aprimorar e fortalecer o modelo de gestão da saúde da Ação Primária em Saúde (APS) no Município, com ênfase nas comunidades quilombolas. Além disso, a SEMUS definiu alguns objetivos específicos como fortalecer o atendimento à população da área de abrangência das equipes de Saúde da Família por meio da organização de macroprocessos da APS com vista à melhoria da qualidade do serviço, e aprimorar e harmonizar a sistematização das condutas da APS.
“Esse evento é muito importante para o Município e para os profissionais. Como acontece com o apoio da Escala de Saúde Pública do Maranhão (ESP), vai ter certificado de participação de 40 horas”, conta Fernanda Padilha, Secretária Municipal de Saúde de Alcântara.
A primeira oficina debateu a política estadual de saúde integral da população negra, comunidades tradicionais, de matriz africana e quilombola. Já na segunda oficina, o debate foi a respeito da territorialização do Município de Alcântara. Fernanda Padilha explica que o terceiro dia foi marcado pelos trabalhos em torno da reorganização da atenção básica e reestruturação de áreas.
Segundo dados da Secretária, o Município conta com 72 agentes comunitários e nove equipes de Saúde da Família. Cada agente atende até 450 pessoas. “O levantamento vai mostrar quantas e quais as áreas que estão descobertas, geralmente povoados de áreas quilombolas e de difícil acesso.”
A reorganização de áreas, segundo a Secretária, é um dos maiores desafios da Pasta. A SEMUS terá o apoio da Força Estadual Quilombola, que vai atuar em alguns povoados ajudando a gestão municipal com a reorganização da atenção básica. A Força permanece no território alcantarense até dezembro.
“Tudo será avaliado para que não haja prejuízo à população e nem ao agente de saúde. A gestão vai melhorar o atendimento lá dentro dos polos, levar uma saúde de qualidade para quem está lá, porque depois do remapeamento vamos atuar de forma mais humana e com mais qualidade”, conclui.