Por meio da Vigilância em Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Alcântara está mobilizando a sociedade alcantarense para dizer que, além do coronavírus, há outro inimigo: o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. A campanha mostra que com a chegada das chuvas é preciso redobrar a atenção para evitar a proliferação desse transmissor. Os trabalhos começaram dia 15 com uma palestra na Escola Aquiles Batista junto com o PSE – Programa de Saúde na Escola. Professores, alunos, agentes de saúde, dentre outros, participaram da palestra, cujo tema foi “Como combater o vetor do Aedes Aegypti?.
Nesta quinta-feira, 16, foi realizada uma caminhada que contou com participação de profissionais de saúde, meio ambiente e dos alunos da Escola Aquiles Batista. Eles distribuíram panfletos e orientaram a população para que fique alerta de agora até que o período chuvoso diminua. Nos bairros Cocó da Ema, Sema e redondeza distribuíram sacos grandes para a coleta do lixo.
Wládia dos Anjos, coordenadora da Vigilância em Saúde do Município e responsável pelos agentes de endemias, explica que, ‘temos de buscar trabalhar educação em saúde principalmente com os jovens, que são multiplicadores de informações’. “Então levamos para o Saúde na Escola a questão do combate à dengue e abordamos o tema “Como combater o vetor do Aedes Aegypti?’. Aproveitamos e convidamos os alunos da escola a fazer essa caminhada conosco, panfletando e mobilizando a população com relação ao mosquito.”
HISTÓRICO
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde de Alcântara, em janeiro deste ano no Município estava alto o índice LIRAa – Levantamento Rápido de índices para Aedes Aegypti. Há via focos em Oitiua e na sede. Uma das primeiras medidas foi pedir ajuda ao Governo do Estado que enviou o carro de nebulização espacial – vulgo Fumacê. Realizaram a nebulização tanto na sede quanto no povoado Oitiua. O saldo do surto em Oitiua é de sete pessoas. No Município forma 11. Os números podem ser bem maiores porque muita gente confundiu os sintomas da dengue com os da covid.
“A principal causa era o lixo nas casas. Daí começamos a intensificar o trabalho de educação e saúde na população de Oitiua e na sede. Orientamos sobre como coletar o lixo e botar nas portas para ser recolhido. Outro trabalho foi o de capacitação dos profissionais para identificar os sintomas da dengue, parecidos com os da covid. Foram capacitados médicos, biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, ACS. Mostramos que era preciso unificar, e que não eram só os agentes de endemias os responsáveis pelo combate à dengue. Trabalhamos com os agentes de saúde nas escolas, distribuímos cartazes nos postos de saúde, escolas, farmácias. Hoje os índices são bem menores, mas precisamos continuar alertas.”
ECLOSÃO
O mosquito está em todo lugar e se adaptou bem ao Brasil. Ele deixa seus ovos e, mesmo não tendo água no tanque (exemplo), eles ficam ali por até um ano para eclodir. Todo cuidado é pouco!!
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
1 – tampar as lixeiras;
2 – colocar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
3 – eliminar copos plásticos, tampas de refrigerante, casca de ovo, casca de coco! Colocar em sacos que sejam lacrados;
4 – mantenha o quintal sempre limpo;
5 – manter pratos de vasos de flores e plantas com areia;
6 – não deixar pneus ao abrigo da chuva e da água;
7 – manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.